ATA DA QUINTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 10-6-2010.

 


Aos dez dias do mês de junho do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e dezoito minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, André Carús, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores DJ Cassiá, Elias Vidal e João Bosco Vaz. Às dezessete horas e vinte e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezoito horas e dezessete minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, em face de manifestação da vereadora Sofia Cavedon, o senhor Presidente informou que solicitou o agendamento de reunião com representante do Governo Estadual acerca de proposição relativa à venda de terreno da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo – FASE. Também, foi apregoado o Ofício nº 594/10, do senhor Prefeito, comunicando que se ausentará do Município das sete horas às vinte e três horas do dia doze de junho do corrente, quando participará da Convenção Oficial do Partido Democrático Trabalhista, no Município de São Paulo – SP. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 007/10, os Projetos de Lei do Legislativo nos 240/09, 008, 054, 077, 083, 086, 093, 094, 028/10, este discutido pelos vereadores Bernardino Vendruscolo e Engenheiro Comassetto, 033/10, discutido pelos vereadores Toni Proença, Reginaldo Pujol e Engenheiro Comassetto, 071/10, discutido pelo vereador Bernardino Vendruscolo, e 072/10, discutido pelo vereador Engenheiro Comassetto, o Projeto de Lei do Executivo nº 015/10 e os Projetos de Resolução nos 009, 014 e 015/10; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 079/10. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Sofia Cavedon, Dr. Raul, João Bosco Vaz, Carlos Todeschini, este pela oposição, Reginaldo Pujol e Bernardino Vendruscolo, este pelo Governo. Às dezenove horas e cinco minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Nelcir Tessaro e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Havendo quórum, estão abertos os trabalhos da 5ª Sessão Extraordinária.

Suspendemos os trabalhos para a Reunião Conjunta das Comissões.

(Suspendem-se os trabalhos às 17h21min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro - às 18h17min): Reabrimos os trabalhos da 5ª Sessão Extraordinária.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Nelcir Tessaro, V. Exª estava representando a Casa em Xangai, e esta Casa fez uma discussão importante, na quarta-feira passada, sobre a venda do terreno da FASE. Já conversei com V. Exª sobre isso. Tiramos uma posição unânime contrária à urgência, porque a Cidade quer discutir o Projeto, e esta Casa também, e V. Exª, inclusive, havia solicitado ao Secretário de Justiça que apresentasse o Projeto. O meu Requerimento é no sentido de que V. Exª marque, como sugestão, uma reunião com o Presidente da Assembleia, para que nós possamos ir com as Lideranças e mais V. Exª, para fortalecer esse pedido, uma vez que foi retirado o quórum, e a votação passou para a semana que vem.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadora, já solicitei essa reunião com a Secretaria e também fiquei sabendo que a próxima votação não será na terça-feira, e sim na quarta-feira da semana que vem. E isso nos facilitará; teremos tempo para fazermos isso.

Apregoo Ofício do Prefeito Municipal de Porto Alegre, José Fortunati, que diz (Lê.): “Ao cumprimentá-lo cordialmente, comunico a V. Exª e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que me ausentarei do Município das 7 horas até as 23 horas do dia 12 do corrente, a fim de participar da Convenção Oficial do PDT em São Paulo. Isto posto, convido V. Exª para assumir este Executivo no intervalo de tempo supramencionado.”

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 5365/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 240/09, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que institui como Área Especial de Interesse Institucional o próprio municipal localizado na Rua Itaboraí, nº 898, no Bairro Jardim Botânico, e determina que nesse próprio municipal sejam prioritariamente instalados equipamentos urbanos públicos voltados à segurança, à cultura, à saúde e ao lazer.

 

PROC. Nº 0430/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 008/10, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que institui, no âmbito do Poder Público Municipal, o bloqueio do acesso a sites que contenham conteúdo pornográfico ou que façam apologia às drogas, à pedofilia ou à violência.

PROC. Nº 1521/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 072/10, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que institui o calendário escolar unificado para a educação básica nos estabelecimentos públicos e privados de ensino localizados no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1110/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/10, de autoria do Ver. Luciano Marcantônio, que obriga os supermercados e hipermercados localizados no Município de Porto Alegre a disporem de passagem adequada, em seus caixas de pagamento, para obesos, gestantes e usuários de cadeiras de rodas.

 

PROC. Nº 1165/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 009/10, de autoria do Ver. Beto Moesch, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor Rodrigo Gonçalves dos Santos.

 

PROC. Nº 1649/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 077/10, de autoria do Ver. Toni Proença, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor José Paulo Dornelles Cairoli.

 

PROC. Nº 1917/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 014/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor João Antônio de Souza Peixoto.

 

PROC. Nº 1988/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 086/10, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que denomina Rótula Darcy Marcos de Alencastro o logradouro público cadastrado conhecido como Rótula Mil Sessenta e Três, localizado no Bairro Petrópolis.

 

PROC. Nº 2106/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/10, de autoria da Mesa Diretora, que extingue 1 (uma) função gratificada de Auxiliar Legislativo, cria 1 (uma) função gratificada de Assistente do Serviço de Obras e Manutenção no Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, constante do art. 20 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores, e altera, nas especificações constantes do Anexo dessa Lei, os requisitos para o provimento das funções gratificadas de Assessor para Composição de Proposições e Assessor para Redação Final.

 

PROC. Nº 0732/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/10, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui, no âmbito do Município de Porto Alegre, concurso para a elaboração de projeto de estruturação do Parque Temático da Cultura e Folclore Gaúcho e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0802/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 033/10, de autoria do Ver. Toni Proença, que estabelece a recarga fracionada de créditos eletrônicos no cartão escolar do sistema de bilhetagem eletrônica do Município de Porto Alegre e revoga o § 2º do art. 6º da Lei nº 5.548, de 28 de dezembro de 1984. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 1316/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 007/10, de autoria do Ver. Luciano Marcantônio, que inclui inc. VI no caput do art. 170 da Lei Complementar nº 420 – que institui o Código de Proteção contra Incêndio de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, ampliando o rol de componentes mínimos a integrarem as instalações de alarme acústico.

 

PROC. Nº 1500/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 071/10, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui, no Município de Porto Alegre, o Museu do Gaúcho e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1922/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 015/10, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede a Comenda Por do Sol à QI Escolas e Faculdades Ltda.

 

PROC. Nº 1958/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/10, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora Katia Suman.

 

PROC. Nº 2117/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/10, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que denomina Hospital de Pronto Socorro Doutor Eliseu Felippe dos Santos o equipamento público conhecido como Hospital de Pronto Socorro (HPS), localizado no Largo Teodoro Herzl, s/nº, Bairro Farroupilha.

 

PROC. Nº 2163/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/10, que dispõe sobre a concessão de abono complementar aos servidores públicos municipais, detentores de cargos de provimento efetivo e ocupantes de funções celetistas do Poder Executivo Municipal.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1673/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/10, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Luiz Carlos Reche.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, venho a esta tribuna, porque entrou em discussão preliminar de Pauta o PLL nº 033/10, de minha autoria, que propugna a recarga fracionada de créditos eletrônicos no cartão escolar, a famosa passagem escolar. É um Projeto singelo, que tem recebido a reivindicação e a demanda de muitos pais e de muitos alunos em toda a Cidade, porque, com a implantação do Cartão Tri, os pais que têm muitos filhos e que não têm uma renda mensal, ou seja, não recebem o salário no final do mês, mas recebem uma renda também fracionada, ou semanal, ou quinzenal, ou, muitas vezes, uma renda que vem ao longo do mês, sem data marcada, não conseguem mais dividir a passagem escolar entre os seus filhos. Antigamente, com as fichas, o pai comprava 50 fichas e as dividia entre os seus filhos. Agora ele é obrigado a comprar a carga total de um cartão, que é único, e ele não pode dividi-lo entre os filhos.

Por isso, demandado pelas famílias, pelos estudantes, eu propus a esta Casa a criação do passe fracionado, que possibilite a recarga do cartão em até quatro vezes. Eu já digo, de antemão, que ouvi algumas manifestações no sentido de que isso vai gerar um custo adicional de um documento bancário. Pois eu quero dizer que esse custo pode ser cobrado dos pais, sem nenhum problema, porque é muito melhor o pai pagar o documento bancário - e isso a gente pode negociar com o Banrisul, pois há formas de se negociar - do que deixar de comprar a passagem, e o filho não ir à escola por falta do passe escolar.

Quero dizer que recebi manifestação de apoio a esse Projeto de muitas entidades estudantis, sindicais, como a União Nacional de Estudantes; a União Brasileira dos Estudantes; a União Gaúcha de Estudantes; a União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre, a UMESPA; a União Estadual dos Estudantes; a Central Única dos Trabalhadores; a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil; a Força Sindical/RS; a Nova Central Sindical dos Trabalhadores; a Federação das Mulheres Gaúchas; o Conselho Municipal de Transporte Urbano - Comtu; o Sindicato dos Transportadores Escolares de Porto Alegre; o Sindicato dos Taxistas; a Juventude de vários Partidos; o Diretório Central dos Estudantes do Centro Universitário Ritter dos Reis; o Diretório Central dos Estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; o Diretório Central dos Estudantes da Faculdade Porto-Alegrense; o Diretório Acadêmico de Biologia da PUC; o Diretório Acadêmico Maurício Cardoso, da PUC; o Diretório Acadêmico Alberto Pasqualini, da PUC; o Diretório Acadêmico de Educação Física, da PUC, e mais de 50 grêmios estudantis de escolas de Porto Alegre. Portanto, faço essa referência para dizer que este Projeto, apresentado por este Vereador, tem o apoio de todo o movimento estudantil e das famílias. É um Projeto singelo, mas de extremo alcance social.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença, acho de muito importância e de muita relevância esse Projeto para a comunidade, e quero dizer que, na sua lista de tantos apoios, pode acrescentar o apoio deste humilde Vereador.

 

O SR. TONI PROENÇA: Muito obrigado pelo aparte e muito obrigado pelo apoio. Tenho certeza de que os estudantes, de que as famílias que precisam desse Projeto para continuar indo à escola certamente saberão reconhecer o seu apoio. Muito obrigado a todos; muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, falo em nome da Bancada do PT. Quero aqui agradecer ao Ver. Engenheiro Comassetto e dizer que, respeitando a nossa contradição aqui no debate, ele é um líder muito respeitado por toda a nossa Bancada, não tenho a menor dúvida. Somos diferentes, mas somos uma Bancada que o elegemos para a Liderança este ano, temos confiança e temos democracia interna suficiente para que ele sempre nos represente com legitimidade. Eu queria dizer, Ver. João Bosco Vaz, que é assim mesmo como estou lhe falando.

Em segundo lugar, quero dar a notícia ao conjunto dos Vereadores e Bancadas de que, nesta semana, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul manifestou-se em relação ao terreno da FASE, ao Protejo de Lei nº 388/09, que é mais um instrumento, porque o Ministério Público, através do Dr. Luciano Brasil, já havia se manifestado, e agora vem a público a Defensoria, o seu Núcleo de Regularização Fundiária, que recebeu a comunidade e se manifesta a esta Vereadora - eu intermediei a reunião, mas a Defensoria se manifestou ao Governo do Estado -, dizendo que o § 2º do art. 1º do Projeto frustra a edição normativa, ou a norma, que visa à redução de complexidade pela estabilização das expectativas. Ou seja, a Defensoria diz que aqueles moradores têm direito àquelas terras para moradia, Ver. Bernardino, e que o Projeto de Lei, ao prever alienação ou troca, desestabiliza esse direito. Portanto, não há condições de, dessa maneira, ser votado o PL nº 388/09, e é a Defensoria Pública que se manifesta. Inclusive diz que essa finalidade provavelmente restará frustrada em razão das inúmeras disputas judiciais acerca da possível desconsideração do direito subjetivo de titularidade dos ocupantes da área com os futuros adquirentes. E o Defensor Público alerta: “Dessa forma, observando a esfera de atuação deste Núcleo da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, sublinha-se a necessidade de retirada do pedido de urgência ao referido Projeto nº 388/09, bem como proceder-se às alterações para explicitamente desmembrar a área de ocupação consolidada e garantir o direito subjetivo dos atuais moradores.”

Ver. Brasinha, é a Defensoria Pública que está dizendo, não dá para a sua Governadora - quem V. Exª elogia muito aqui na tribuna - querer fazer alienação, através daquele Projeto, daquela forma, porque está ferindo um direito. Então, são entidades públicas, órgãos que defendem o cidadão e o patrimônio público que estão se manifestando; é o Dr. Marcelo Dadalt, Defensor Público, Coordenador do Núcleo de Regularização Fundiária da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Eu queria, com esta fala da Bancada do PT, reforçar a necessidade de esta Casa, de a Câmara de Vereadores preservar os direitos desses moradores.

Ainda hoje, à tarde, Ver. Comassetto, nós recebemos uma comunidade inteira solicitando moradia, dizendo que as suas moradias estão caindo do morro; eram outras, não as atingidas pelo PL nº 388/09. Ou seja, a nossa Casa tem que dar conta da moradia, da regularização fundiária de Porto Alegre, e nós não podemos aceitar tamanha insegurança que esse Projeto coloca para aquelas sete comunidades, sem a nossa Câmara ser muito firme em relação a esse Projeto. Eu acho que já nos manifestamos por meio da Moção; o nosso Presidente, que representa o voto de todos nós, que tem muita força por isso, Ver. Tessaro, e que tem experiência nessa área - eu vou, inclusive, lhe deixar a cópia do Parecer da Defensoria Pública -, pode dar um grande impulso ao respeito que a Governadora e que a Assembleia Legislativa deveriam e devem ter com este Parlamento, que representa a cidade de Porto Alegre. Eu considero um desrespeito tomar decisões sobre a Cidade sem dialogar com o Prefeito Municipal, sem consultar a Câmara, sem fazer audiência com a Cidade. Então, devemos nos fazer respeitar. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. RAUL: Presidente Tessaro, Vereadores, Vereadoras e demais pessoas que nos assistem, eu venho falar neste momento de Liderança, porque hoje é um dia muito importante para a classe médica aqui, da cidade de Porto Alegre, principalmente para os médicos municipários e municipalizados.

Hoje a comunidade médica, com mais de mil e quatrocentos médicos municipários e municipalizados, já recebeu uma proposta efetiva do Governo Municipal, no sentido de avançar no seu plano de carreira e de um abono emergencial a ser concedido para a categoria. Nós fizemos essa mediação; estivemos, desde o início, juntos, propondo que houvesse o reconhecimento, enquanto se discutia a questão do plano de carreira, que já vem há tempos, e agora realmente está avançando, porque se constituiu uma comissão paritária entre o Governo, os médicos e a própria Câmara. Então esse assunto está sendo agora realmente abordado e está avançando. Nós não poderíamos ficar sem o reconhecimento tanto dos médicos municipários, ou seja, funcionários concursados do Município de Porto Alegre, quanto daqueles municipalizados, que prestam o mesmo tipo de serviço, nos mesmos locais, que são oriundos do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, e que estão hoje sob a gestão do Município.

Então conseguimos construir um abono emergencial que está realmente muito distante do que é a luta médica, a luta da categoria em função daquela formação que se tem, uma formação básica de seis anos - muitas vezes mais dois, três anos ou mais de especialização na área superior - com um reconhecimento pequeno em termos de remuneração. Por isso não se consegue, hoje, no Município de Porto Alegre, na grande maioria dos concursos, especialistas. As pessoas se aposentam e, muitas vezes, não conseguem a reposição necessária. Temos que avançar muito nessa matéria.

Já existe, na realidade do próprio Município, desta Câmara e da comunidade, um reconhecimento em relação à necessidade de adequação da classe médica que trabalha diuturnamente no Município de Porto Alegre, para que essa carga horária seja ajustada como a remuneração. Esse é o processo de uma construção coletiva em cima dessa matéria.

Hoje a categoria vai estar reunida, e lá vai ser colocada essa proposta que está ao arbítrio da decisão dos profissionais médicos - entre os quais me incluo - que lá estarão. Acredito que é uma proposta pequena em relação ao que a categoria necessita, mas é o viável hoje em termos de Prefeitura Municipal, porque estamos no meio de uma programação orçamentária. Sabemos também que houve agora, há poucos dias, o reajuste dos municipários, e todo o corpo de funcionários do Município está agora sob esse novo reajuste.

Então acreditamos que pelo menos a classe médica vai ter uma sinalização da Prefeitura, que está buscando melhorar as condições do serviço de Saúde, da remuneração do médico no Município de Porto Alegre, que realmente vai se constituir não através desse abono, que eu considero só uma sinalização para a categoria, mas através de um plano de carreira efetivo que está agora, objetivamente, sendo construído. Estaremos aqui vigilantes para que, realmente, isso aconteça e que, em 2011, comecemos a ter, na Prefeitura de Porto Alegre, um plano de carreira que realmente dê aquelas condições de termos - na rede pública - médicos capacitados e especializados, para que possamos avançar novamente nessa matéria, pois sabemos que temos uma grande perda de profissionais - iso não é de um Governo; isso já acontece há 15 anos -, assim como de leitos hospitalares. Precisamos avançar na área do Sistema Único de Saúde. Isso é uma tarefa que, diuturnamente, a gente procura militar, procura ajudar, fazer com que, coletivamente, tenhamos uma qualidade de vida melhor, um sistema de saúde melhor, mais digno no Município de Porto Alegre. Hoje é um dia importante, esperamos que tenhamos a melhor decisão e que seja um avanço para a Cidade. Muito obrigado, e saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, primeiro eu quero parabenizar o Ver. Dr. Raul, porque sei que S. Exª teve também articulação ativa para este entendimento entre a sua categoria e a Prefeitura de Porto Alegre.

Venho falar sobre uma questão de saúde também, Presidente Tessaro. V. Exª estava viajando quando eu apresentei o Requerimento aqui com a assinatura da totalidade dos Vereadores que, na oportunidade, estavam em plenário, criando uma Frente Parlamentar em defesa do doente crônico que depende de remédios da farmácia do Estado.

Este Vereador e o Ver. Braz enfrentamos esta situação como milhares de gaúchos a enfrentam. Nunca se sabe quando o remédio vai chegar, não tem o remédio, as filas da farmácia do Estado são desrespeitosas, principalmente com os idosos; falta o remédio por 15, 20, 30, 45 dias - é preciso uma liminar da Justiça para ganhar o remédio.

Então esta Frente Parlamentar que apresentei aqui, com a assinatura da grande maioria dos Vereadores, é para que a gente possa cuidar mais de perto desta situação, Dr. Raul, para que a gente possa chamar aqui esse segmento das doenças crônicas, pois pessoas dependem do remédio da farmácia do Estado e não podem pagar por esse remédio. Há pessoas que estão sob tratamentos caros, usando remédios de oito, dez, doze mil reais, ou mais, às vezes. Esta Frente Parlamentar é para que os Vereadores possam dar esse acompanhamento, possam dar essa sustentação e tentar ajudar dentro do possível.

Eu não estou culpando aqui, como já não culpei da outra vez, nem a Governadora nem o Secretário da Saúde do Estado, mas a máquina pública, que é emperrada. A gente sabe, é demorado, eu fui Secretário. Tem a licitação; depois da licitação, tem o recurso; aí a empresa que ganhou não tem o medicamento para a pronta-entrega, enfim, demora.

Então, esta Frente Parlamentar é para esse acompanhamento, tentando agilizar essa situação, para que as pessoas que necessitam desse medicamento não sofram, que não precisem ir diariamente para a fila da farmácia do Estado, uma fila enorme, cinco, seis, sete horas da manhã, para chegar no guarda, e o guarda dizer: “Olha, não pode entrar, porque não tem o remédio, não chegou o remédio”. Ou se liga para lá, e não sabem quando vai chegar o remédio, não têm previsão - quando se consegue a ligação, porque é muita gente ligando, são milhares de gaúchos que dependem, infelizmente, disso. Então, essa é a ideia da criação desta Frente Parlamentar, que eu quero que funcione.

Quero contar com a ajuda de V. Exª, Dr. Raul, que é médico; com a ajuda do Dr. Thiago, que é médico; com a ajuda do Ver. Oliboni, que é ligado à Saúde, para que a gente possa, verdadeiramente, trabalhar em cima dessa questão que, como V. Exª sabe, Dr. Raul, é uma questão crucial, é uma questão preocupante.

E eu sei, conheço isso, porque tive uma irmã transplantada de rim; durante 26 anos, ela viveu com um rim doado pela minha mãe; foi um dos primeiros transplantes de rim, entrevivos, realizado em Porto Alegre, em 1980, pela equipe do Dr. Prompt, o Dr. Jair Saad, no Hospital de Clínicas, e eu sei o quanto a minha irmã, na época - agora já é falecida -, sofria com isso, porque o remédio demorava, era processo e liminar.

Então esta Frente Parlamentar tem este sentido: a defesa do doente crônico, que depende de medicamento contínuo fornecido pelo Estado. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu uso a Liderança, porque, obstado de ocupar o período de discussão preliminar de Pauta, eu retardo o meu pronunciamento acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 033, de 02 de março do corrente ano, de autoria do Ver. Toni Proença.

Já conversei com o Ver. Proença a respeito do Projeto, que trata de um assunto sério, que, no mínimo, merece, Ver. Vendruscolo, ser devidamente analisado. Ele envolve uma série de circunstâncias, custos, destinação de recursos públicos ou privados, eventual repercussão na tarifa, enfim. Há situações que merecem, no mínimo, ter a nossa devida atenção. E não estou dizendo isso da tribuna de forma delicada; eu disse isso ao Ver. Toni Proença, e é o que eu farei. Eu vou me debruçar sobre este assunto. Eu quero ver todas as implicações que ele tem. Eu percebo que o objetivo é sincero, são hipóteses, e a minha própria assessoria, hoje, me advertia que existem essas situações, não são tão tensas como podem parecer, mas também não são desprezíveis; ao contrário, têm relativa expressão, porque todos nós sabemos que as famílias da classe média ou da classe C e D têm mais filhos que as classes B e A. Esta é a regra, por razões culturais, de toda ordem, mas esta é a característica da média, do padrão dos nossos contribuintes e usuários do sistema de transporte coletivo. Acredito que uma triagem bem feita, nesse particular, possa nos levar a algum equacionamento que geraria a primeira discussão que, superada, nos permitiria irmos para um segundo momento, qual seja: qual é a repercussão, qual é o custo que isso envolve e quem vai suportar esse custo?

 O Ver. Toni, um dos homens mais inteligentes desta Casa, sabe, como todos nós, que não há cafezinho de graça. Tudo tem algum custo! O transporte coletivo é uma das maiores injustiças que há neste País, porque aqui quem paga os benefícios do transporte coletivo não são os ricos; são os usuários, Ver. Bernardino, do sistema, porque vai tudo para a tarifa! O idoso, como eu, que não paga o transporte coletivo, tem o seu custo lançado na tarifa e suportado pelo conjunto que mantém esse processo de forma objetiva na Cidade. Por isso, Vereador, desde ontem, V. Exª sabe que eu iria aguardar o período de discussão de Pauta para me manifestar sobre este assunto. V. Exª era o primeiro inscrito; eu era o segundo. Eu aguardei até agora com esse objetivo. Acho que a Casa ganha quando há matérias como esta para serem discutidas, e que essa discussão se instala sem a histeria que, com muita frequência, aqui se instala, o que não leva a coisa alguma. Hoje a histeria aqui campeou - para usar uma expressão bem gaudéria, meu grande parceiro de jornada Ver. Bernardino Vendruscolo.

O que eu sugiro, como consequência, Ver. Toni Proença? Que, agora, nas Comissões, se faça um bom debate. Acho que o Ver. Bernardino pode contribuir conosco. Este bom debate pode começar na Comissão de Constituição e Justiça, onde nós poderemos patrocinar este debate, ouvindo os vários segmentos envolvidos e partindo para a equação da sua proposta com fundamento - não quero dizer que a proposta não seja bem fundamentada, mas ela pode receber alguns acréscimos.

Solicito espaço para falar em Pauta.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): V. Exª está discutindo a Pauta, mas pode usar o tempo de Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Obrigado, o farei em outra oportunidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores ainda presentes, são 18h45min. Venho falar de dois Projetos de nossa autoria que estão em Pauta. Por incrível que pareça, o assunto é antigo, e os Projetos são novos, porque eu já tentei, em outra oportunidade; agora, venho novamente. Um deles trata da estruturação do Parque Temático da Cultura Gaúcha. Por que este Projeto tem o nome de “estruturação”? Na verdade e, surpreendentemente, depois de um Projeto de nossa autoria já estar tramitando aqui nesta Casa, apareceu um parque temático, vamos dizer assim, do qual eu não tinha conhecimento, lamentavelmente, que é aquela Casa do Gaúcho, que se chama Parque Temático. Não tem uma definição muito clara, mas ali chamam de Parque Temático.

Aquilo não é um ginásio, não é um galpão, não é um CIEP; é uma obra que, sinceramente, para mim, foi um equívoco a construção, ali no Parque Temático, daquele local chamado de Casa do Gaúcho.

E como encontramos esta brecha, de se propor a estruturação do Parque Temático, estamos indo por esse caminho. É impossível nos calarmos e aceitarmos essa falta de iniciativa das Secretarias correspondentes, porque não temos aqui, em Porto Alegre, um parque temático da cultura gaúcha. O que é um Parque Temático? Um local onde se possa contemplar tudo aquilo que represente os usos e costumes do povo gaúcho. Nós estamos na capital dos gaúchos, capital internacional dos gaúchos, porque temos gaúchos no mundo inteiro.

Agora mesmo, eu estava lendo uma matéria a respeito dos gaúchos lá do Acre. Que história linda! Quando as pessoas visitam - no Rio Grande do Sul - a Capital, hoje nós não temos praticamente nada para mostrar a eles dos nossos costumes. Há algum tempo, tínhamos as churrascarias, mas hoje elas estão longe de se equiparar àquelas existentes em outros Estados.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, V. Exª fala dos gaúchos do Acre, e eu tive a oportunidade, há poucos dias, de ir ao Acre e verifiquei, in loco, que eles cultuam muito a tradição e reconhecem uma relação conosco, porque quem construiu a independência do Acre foi Plácido de Castro, um gaúcho de São Gabriel.

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: E que está enterrado aqui, no Cemitério da Santa Casa, com os nomes dos seus algozes.

E o outro Projeto que estamos propondo é sobre a instituição do Museu do Gaúcho. Olhem, nós não temos um museu do gaúcho! Será que a Secretaria da Cultura, será que essas Secretarias, será que os Prefeitos, será que eles não têm o sentimento de que cabe ter aqui, na capital dos gaúchos, o museu do gaúcho? Pois nós não temos.

O dia em que botarmos o chapéu e irmos embora, mesmo sem vermos essa construção aqui, e, se mesmo assim, não tivermos essa oportunidade, vamos sair com a consciência leve, porque, de uma forma ou de outra, aquilo que podemos, estamos fazendo. Nós não temos um parque temático, nós não temos um museu do gaúcho, por favor!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, muito obrigado. Há um conjunto de Projetos em primeira discussão hoje. Quero iniciar pelo Projeto do Ver. Toni Proença, que trata da questão das passagens eletrônicas, do Tri, que propõe que as passagens possam ser compradas de uma forma parcelada, até porque hoje o mínimo de passagens que pode ser comprada é de 50 passes, isso dá um total de 60 reais. Se é uma família que tem quatro crianças e mais o casal, que tenham que usar ônibus, isso dá uma conta que nem sempre cabe no salário da família: 120, 240, 360 reais só para transporte, e tem que desembolsar antecipadamente, para depois utilizar. Por que uma família não pode comprar cem reais, utilizar, distribuir nos cartões da família e, depois, ir recarregando? Ver. Toni Proença, ontem, quando dialogávamos aqui com os estudantes da UGES e da UMESPA, eles traziam esse problema, e nós precisamos nos debruçar sobre isso, e, junto com esse projeto do Ver. Toni, já estamos estudando a possibilidade de adendar ou emendar, porque há o outro problema dos passes eletrônicos, quando as pessoas perdem os cartões, não conseguem bloqueá-lo, ou reutilizar as passagens que foram pagas antecipadamente. Então, há esse problema quando os cartões são roubados ou são perdidos, pois o seu proprietário não consegue bloquear o cartão. Quando veio o Procon aqui nesta Casa, a nossa Bancada trouxe essa sugestão, mas até o momento não recebemos nenhum entendimento de quem gerencia o sistema, não foi apresentada nenhuma alternativa à sociedade.

Ao mesmo tempo, há o Projeto do Ver. Aldacir Oliboni, que propõe a unificação dos calendários escolares no Município de Porto Alegre no que diz respeito às escolas privadas e públicas. Parece uma medida simples, mas é importantíssima, porque, da mesma forma que há o recesso ou as férias de julho, a família se organiza. Se uma criança sai em férias no dia 05 julho, e a outra sai no dia 15, ocorre um descompasso, e a família não pode utilizar esse espaço para a organização. Então, é um Projeto que traz para o debate a compatibilização dos calendários escolares nas escolas públicas e privadas. Já houve alguns momentos que, em alguns Municípios, os Prefeitos decretavam os períodos escolares - aí não podia ter greve. É claro que há as externalidades do sistema, como a greve, a falta de estrutura nas escolas e vários outros problemas que existem. Mas é um tema interessante a ser analisado, Ver. Reginaldo Pujol.

E quanto ao terceiro tema, Ver. Bernardino, é que somos parceiros, e a nossa Bancada acompanhará o seu Projeto, auxiliando naquilo que for necessário, para que a capital dos gaúchos tenha a sua representação, já que o Parque Harmonia que aqui está não representa isso hoje.

Nós aqui estamos debatendo - era para votarmos hoje, inclusive - a criação do Conselho Gestor para fiscalizar os recursos que são investidos na Semana Farroupilha, para poder dar uma transparência a toda a cidade de Porto Alegre. Portando, a Bancada do Partido dos Trabalhadores irá, sim, discutir com o senhor, assim como o Ver. Toni Proença e o Ver. Aldacir Oliboni, da nossa Bancada, esses três Projetos, sobre os quais quero fazer comentários para contribuir. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Tessaro; Srs. Vereadores e Vereadoras e os que nos acompanham, eu venho aqui para me manifestar em função do Projeto de abono que está em Pauta também, porque deveríamos ter corrido as duas pautas, porque temos três mil faixas 2 que não recebem o salário mínimo e dependem do abono para complementar a renda até atingir o salário mínimo. Então este é um cuidado que tem de haver, porque recebi, Ver. Pujol, hoje, inúmeros telefonemas, cobranças. Só não entendo por que a liderança do Governo não priorizou este Projeto e também não atentou para a necessidade de que se cumprissem as duas pautas para que, na semana que vem, pudéssemos fazer as Comissões Conjuntas e, então, podermos votar, para incluir na folha de pagamento até o dia 18 do próximo mês.

Portanto, Sr. Presidente, vou pedir para que se atente a esta questão do Projeto de abono. Eu sei que o interesse é do Governo, mas também é necessário olhar para a questão dos funcionários, que dependem desses minguados recursos para garantir o mínimo da renda salarial.

Portanto, eu creio que temos de atentar para que, segunda-feira, façamos o cumprimento dessa outra pauta, da segunda pauta sobre o tema abono e que, na quarta-feira, haja Comissões Conjuntas para que, num esforço concentrado, nós possamos aprovar aqui a proposta que foi negociada pelos funcionários na Assembleia.

Só lamento a falta de atenção do Líder do Governo, que deveria ter priorizado esta matéria em função de incluir isso para o pagamento ainda este mês.

 

Obrigado, Sr. Presidente; obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, tenho o maior respeito pelo Ver. Todeschini, preocupado com o assunto, com o Projeto que tramita na Casa e que diz respeito ao interesse dos funcionários até o Padrão II do Município.

É público e notório que eu não sou o Líder do Governo. O Líder do Governo é o qualificado Ver. João Antonio Dib, que, momentaneamente, não se encontra presente, nem eu sou menino de recados. Eu poderia dizer que iria levar a ele a sua preocupação, Vereador, mas, evidentemente, o Ver. Dib, se estiver na sua residência, nesta hora, está ouvindo esta Sessão da Câmara, e, se estiver ouvindo, estará informado. Caso contrário, não faltam representantes do Governo aqui para levar essa sua preocupação a ele.

Agora, eu quero, sem nenhuma responsabilidade com liderança de Governo, mas pertencente ao colégio de Líderes, Ver. Toni Proença e Ver. Bernardino, dizer que, na nossa última reunião, na segunda-feira, esse assunto não entrou em pauta; foram colocados inúmeros projetos, e eu não sei qual a razão de este Projeto não ter entrado.

Eu, amanhã, inclusive, vou, Presidente, solicitar o art. 81 para, pelo menos, um assunto, porque já está na Casa há 40, 60 dias. Então, parece incrível que, para as coisas ocorrerem, aqui na Casa, a gente tem que partir para esses expedientes excepcionais. E eu sempre sou contra esses expedientes excepcionais, porque gosto que as matérias sejam bem debatidas nas Comissões, mas, quando elas travam, o que fazer, senão tomar essa providência?

O meu querido parceiro, Ver. Comassetto, Líder do Partido dos Trabalhadores, tem um Projeto de 1985, o Ver. Toni tem conhecimento, e eu recebi uma solicitação de apoiar o Projeto. Eu vou procurar o Projeto, porque estranho que ele esteja parado por aí. Logicamente, me explicou, depois, o Ver. Comassetto, que tenta fazer uma negociação e não tem obtido êxito até o presente momento; não sei se vai ter daqui para frente, mas terá uma boa colaboração, porque quem me colocou nas mãos daqueles que solicitaram a minha intervenção é o Ver. Toni Proença, que aqui se encontra conosco.

Bom, Vice-Presidente, eu quero dizer o seguinte, e isso é de muita importância: quero cumprimentá-lo. Primeiro, porque são 19 horas, e V. Exª está aqui, respeitosamente, conduzindo os trabalhos; merece, inclusive, até uma folga, mas, no momento, está trabalhando, e bem. É pena que V. Exª não vai assumir a Prefeitura. É pena por um lado e bom por outro, porque não frustra os seus objetivos políticos, mas nós vamos ter, este ano, uma dificuldade especial; é que manter um bom debate político, neste ano, não é coisa fácil. E eu estou numa situação invejável, há 14 anos eu não vivo esta situação - é a primeira eleição, em 14 anos, de que eu não participo como candidato, vou participar como eleitor. Eu, o Ver. Toni, o Ver. Vendruscolo, o
Vereador-Presidente, todos vamos trabalhar para o Serra para fazê-lo Presidente da República. Não posso dizer que esqueci, é um absurdo.

De qualquer sorte, Sr. Presidente, concluindo, quero dizer a V. Exª o seguinte: nós temos que, na reunião de segunda-feira, digo-lhe, com toda a sinceridade que não gostei dessa antecipação para segunda-feira, mas já que está antecipado - o que não tem solução, solucionado está -, nesta reunião da próxima segunda-feira, nós temos que iniciar, firmes, um entendimento. Nesta segunda-feira, vamos decidir o que vai se votar na quarta-feira e na outra segunda-feira. Não vamos surpreender mais ninguém, vamos ser todos devidamente informados, com a devida antecipação, para que tratem dos seus assuntos. Por final, meus parabéns, hoje é quinta-feira, e a Casa está trabalhando até esta hora.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Ver. Reginaldo Pujol, na próxima segunda-feira, nós faremos a Pauta de segunda-feira, quarta-feira e quinta-feira e faremos votação todas as quintas-feiras durante esse período. É bom que a imprensa esteja aqui, está aqui o nosso Correio do Povo nos prestigiando, para que isso seja divulgado, porque são 19h13min e ainda temos um pedido de Liderança do Governo por parte do Ver. Bernardino Vendruscolo.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; não precisarei usar os cinco minutos, apenas gostaria de dizer que o Ver. Engenheiro Comassetto tem um Projeto nesta Casa, que está pronto para ser votado, que retoma o poder do Município sobre as áreas no que diz respeito às instalações e construções dos presídios, mais precisamente naquilo que vai disciplinar o uso da telefonia móvel, ou seja, as antenas e os bloqueios em razão do que vem acontecendo no Brasil afora, os presos comandando os assaltos de dentro dos presídios, enfim, os comandantes são presos, mas permanecem liderando os seus assaltantes, de um modo geral. Quero cumprimentá-lo, e vou votar com V. Exª este Projeto, porque eu acho que o Município tem que gerenciar, sim, tem que ter esse poder.

Sr. Presidente, respeitosamente, venho a esta tribuna para dizer que nós, nesta Casa, temos uma tecnologia muito avançada na telefonia móvel, e vou sugerir que façam uma parceria com a SMAM e com a Vivo, Ver. Comassetto, porque aqui nós temos um sistema de bloqueio que é “de Primeiro Mundo” - a gente aqui tem que procurar local para ter sinal! Então, vou lhe sugerir, se for possível, que façamos uma emenda ao seu Projeto, para usar essa tecnologia da Casa, porque, desde 2005, eu ouço as desculpas: uma hora, a Vivo diz que não é com ela, a SMAM diz a mesma coisa, dizem que nós não temos antena...

 Mas, de qualquer sorte, não temos é sinal aqui. É por isso que, aqui nesta Casa, nós temos um sistema muito “moderno”, “bem avançado”, que vai ajudar os presídios também. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo mais inscrições, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 19h05min.)

 

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